Estudos de caso
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Aprendeu, nos quatro capítulos anteriores, quatro lições sobre Big Data Analytics e como fazer um bom uso dos mesmos. Está agora pronto para iniciar a sua própria estratégia, mas antes de o fazer, vamos conhecer alguns estudos de caso que foram bem-sucedidos com a utilização dos Big Data. Veremos um exemplo de uma grande empresa, de uma PME, de um evento e de uma campanha.
Sucesso das grandes empresas: o caso da Starbucks
Conhece bem a Starbucks? A empresa introduziu na sua oferta um novo café, mas estava preocupada com o seu forte sabor. Decidiu monitorizar blogues, redes sociais e grupos de discussão num “fórum do café da manhã”, em que o produto foi lançado para avaliar as reações dos clientes. Quatro horas mais tarde, descobriu que, embora as pessoas gostassem do seu sabor, consideravam-no demasiado dispendioso. A Starbucks baixou o preço e, no final do dia, todos os comentários negativos haviam desaparecido.
É possível comparar este rápido feedback a uma abordagem mais tradicional? Sim, o que aconteceu num período de quatro horas teria levado dias até à produção e análise de relatórios de vendas.
Sucesso das PME: A Hailo no Reino Unido!
Tal como vimos, os Big Data podem fornecer informações de dados de marketing relevantes às empresas. Os dados possibilitam aos marketers otimizar as suas estratégias, através de múltiplos dispositivos e plataformas. Foi isto que a Hailo fez. A empresa britânica fez corresponder os táxis aos passageiros através da sua aplicação para smartphones, confiando nestes conhecimentos para desenvolver e melhorar a sua estratégia de marketing digital e o seu desempenho.
Eventos – Alemanha, Campeã do Mundo
Os Big Data Analytics também podem ser utilizados em contextos não empresariais. A federação alemã de futebol utilizou dados e algoritmos analíticos para ajudar a sua seleção a vencer o Campeonato Mundial de Futebol da FIFA em 2014.
Com efeito, a federação alemã associou-se à empresa SAP AG, com o objetivo de analisar dados de vídeo e o desempenho individual e coletivo da equipa, o que permitiu à seleção obter um feedback individual dos seus jogadores e, assim, conseguir algumas orientações sobre como poderiam melhorar o seu desempenho e o jogo coletivo.
Através da utilização dos algoritmos analíticos, reduziram o tempo médio de posse de bola de 3,4 segundos para 1,1 segundos, uma melhoria substancial que fez diferença quando derrotaram a Argentina, no jogo final, com um golo de Mario Gotze.
Campanhas: Campanha política de Obama
Os Big Data também podem ser utilizados para campanhas eleitorais, o que foi feito por Barack Obama. A equipa de campanha política identificou, direcionou e influenciou potenciais eleitores através de uma divulgação sofisticada e orientada pelos dados disponibilizados.
Este método, designado de uplift modelling, desempenhou um papel importante na conquista da segunda presidência do Presidente Obama e estabeleceu um novo padrão para a utilização de microtargeting na política dos EUA.
Começaram por identificar os eleitores que haviam votado no passado numa combinação de candidatos democratas e republicanos. Os eleitores sinalizados nesse processo foram alvo de publicidade direcionada e de chamadas telefónicas pessoais. As mensagens destes anúncios e das chamadas telefónicas foram desenvolvidas de acordo com as respostas que os eleitores geraram. Com esta ação, identificaram os eleitores a ser contactados numa tentativa de que mudassem de ideias e votassem em Obama.